Roteiro de 5 dias nas Serras Gerais
Depois de visitar o Jalapão nós tivemos que voltar ao Tocantins pra conhecer as Serras Gerais, a maior de cadeia de montanhas do Brasil, agora criamos esse roteiro de 5 dias com as melhores atrações da região.
As Serras Gerais ficam no sudeste do estado do Tocantins e fazem parte da maior cadeira de montanhas do país que apesar de fazer divisa com o Parque Estadual do Jalapão ainda são muito pouco conhecidas e exploradas.
Já os atrativos estão espalhados entre vários municípios diferentes, dentre eles Natividade, Almas, Aurorado Tocantins e Rio da Conceição.
Todo o nosso roteiro foi organizado pela @seriemaecoturismo que é uma das poucas agências que atendem tanto o Jalapão quanto as Serras Gerais.
Você vai encontrar nesse artigo:
1º dia – Saída de Palmas e Lagoa do japonês
Nós começamos o nosso primeiro dia acordando bem cedo ainda no hotel em Palmas.
Essa é a primeira dica importante, faça a reserva do seu voo tanto de ida quanto de volta com um dia de folga.
A saída da capital do Tocantins tanto para o Jalapão quanto para as Serras Gerais costuma ser bem cedo, por volta das 08:00.
O mesmo acontece no dia de voltar, a chegada em Palmas acontece por volta das 18:00 e o maior problema é que não existe muita oferta de voos então é melhor garantir chegando um dia antes e indo embora um dia depois.
Booking.comSaída de Palmas
Nós saímos de Palmas às 08:00 em direção a Pindorama que é a nossa primeira parada, lembre-se que as distâncias assim como no Jalapão são bem longas.
No primeiro dia andamos ao todo cerca de 320 km, 260 km até a nossa primeira parada e o restante até o nosso hotel da noite.
Lagoa do Japonês
A única atração que normalmente faz parte tanto de roteiros para as Serras Gerais quanto para o Jalapão nossa primeira parada foi na Lagoa do Japonês.
Apesar de ficar na região das Serras Gerais, muitas das empresa de turismo do Jalapão incluem a Lagoa no roteiro por estar praticamente na divisa com o Parque Estadual.
Chegamos na lagoa para o almoço, e que comida deliciosa!
Depois de comer foi a hora de curtir a lagoa de águas azuis de uma transparência que você só acredita vendo.
Pernoite em Natividade
Da lagoa seguimos para a cidade de Natividade, município mais antigo do Tocantins, onde ficava o nosso hotel para essa noite.
Assim como no Jalapão em um roteiro pelas Serras Gerais você vai passar cada noite em uma cidade diferente.
E Natividade é uma ótima forma de começar o roteiro, uma típica cidade de interior, e demos sorte que quando fomos estava tendo uma festinha na praça da cidade.
Saímos do hotel pra jantar e a cidade estava cheia, todo mundo na rua, musica na praça e o povo bem animado mesmo para um dia de semana.
Bem pertinho da praça principal, andando uns 2 minutos, você pode ver as ruínas de uma igreja que nunca ficou pronta.
A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos chama atenção por sua opulência e grandiosidade.
Segundo historiadores, a ideia de construir a igreja veio dos negros livres, mas por causa da queda na produção de ouro e falta de recursos a construção foi abandonada.
Hoje o sítio arqueológico é tombado pelo IPHAN e vale bastante a caminhada da praça até lá pra conhecer uma pouco da história.
2º Dia – Almas
Mais uma vez começamos o dia bem cedo, tomamos café da manhã e saímos do hotel por volta das 08:00 com a cidade de Almas como destino
Casa do Seu Davi e da Dona Antônia
Na verdade o destino era a propriedade do Seu Davi e da Dona Antônia, uma casinha bem simples cercada da vegetação local e longe de qualquer distração urbana.
Nós chegamos no Vale do pássaros, nome dado ao local onde eles vivem uma vida pacata e tranquila e encontramos os dois, e pensa numa recepção que não tinha como ser melhor.
O Seu Davi logo já quis aprender o nome de todo mundo e começou a contar historias, a mostrar o terreno e os quartos que estava construindo para poder receber hospedes (eu disse a ele que já queria voltar pra ficar pelo menos uns dois dias lá)!
Um dos carros do nosso grupo deu problema no caminho e a gente tinha que esperar eles chegarem pra começar as aventuras do dia, o que foi ótimo pra poder continuar a prosa com o Seu Davi.
Demos sorte e ainda ganhamos café e bolo pra esperar mais felizes, como se isso fosse possível!
Ancoragem na borda infinita
Assim que o carro chegou nós saímos de carro da casa do Seu Davi com o guia, o caminho foi bem curto, cerca de 5 min, até chegarmos ao início da trilha de 10 min até a primeira real parada do dia.
Uma ancoragem no alto da cachoeira da cortina (70 metros de altura), imagina uma caminhada no meio do terreno meio seco, de vegetação baixa da região que termina num rio de águas frescas e que vão até a queda d’água,
Lá embaixo a vegetação característica do cerrado continua a perder de vista num panorama de tirar o fôlego.
O nosso grupo era bem grande então tive bastante tempo para fotografar a vista e a região de todos os ângulos possíveis!
Depois da Ancoragem nós voltados para a casa do Seu Davi e da Dona Antônia para almoçar, e pensa numa comida maravilhosa!
A Dona Antônia faz a comida com tanto carinho que é difícil achar tempero melhor em qualquer outro lugar.
Trilha das Cachoeiras da Cortina e do Urubu rei
Depois do almoço era hora de mais uma trilha super tranquila de 4 km praticamente toda plana para conhecer tanto a cachoeira da ancoragem como uma outra dessa vez por baixo.
A primeira parte da trilha é até a Cachoeira do Urubu Rei, que tem uma queda d’água que bate no meio do lago que ela mesma forma e se você tiver coragem da pra fazer uma ótima massagem.
A segunda parada é na cachoeira da cortina, que a gente já conhecia de cima por causa da ancoragem da manhã.
Ambas tem uma queda d’água de mais ou menos 70 metros e, portanto é bom tomar cuidado tanto na ancoragem quanto embaixo, mas são lindas é a visita é super recomendada.
Arco do Sol
Depois de uma dia maravilhoso no Vale dos Pássaros nó pegamos o carro e percorremos mais alguns quilômetros até o Arco do Sol.
Uma formação rochosa que se destaca em meio à vegetação baixa do cerrado e que muitos comparam com a Pedra Furada no Jalapão.
Bem, o por do sol das duas é lindo e como cada uma fica em uma região completamente diferente do Tocantins conheça as duas.
Depois de curtir mais um por do sol incrível no Tocantins nós pegamos o carro e fomos para o nosso segundo hotel da viagem, dessa vez em Dianópolis pra descansar e esperar o próximo dia.
3º Dia – Aurora do Tocantins
O nosso terceiro dia já começou animado e nó seguimos para a primeira parada que, com não poderia deixar de ser, era mais um paraíso.
Rio Azuis
Dessa vez um paraíso que esta até no Guinness Book, o livro dos recordes, já que a primeira parada do dia foi no Rio Azuis que com seus longos 147 metros de extensão é o menor rio do Brasil e da América Latina além de ser o terceiro menor do mundo.
A estrutura turística criada em torno do rio Azuis é incrível, uma comunidade fechada, literalmente já que a estrada que da acesso ao rio é sem saída e colocaram uma porteira na entrada! Rs
A entrada, assim como a de todas as atrações esta incluída no pacote fechado com a empresa que fez o roteiro.
Mas assim que chegamos lá o motorista/guia já foi e pegou as pulseiras que dão acesso ao complexo, desde o estacionamento até a nascente do rio foi uma caminha de menos de 10 minutos em rua de asfalto.
Booking.comNo caminho passamos por pelo menos dois restaurantes, alguns ambulantes e sinalização para mais 3 ou 4 acessos ao rio.
Nós acessamos pelo início do rio, ou pela sua nascente, lá também tinha outro restaurante, com toda uma infraestrutura, perecia mesmo um club.
Falando agora do rio, nunca vi nada igual, e olha que já vi muita coisa linda, mas a água do Rio Azuis é de outro planeta, ela é azul de tão transparente que é, to pra dizer que se o rio fosse reto em toda a sua extensão seria possível ver de uma ponta a outra debaixo d’água!
Nós passamos a manhã toda dentro d’água e antes de seguirmos para a nossa parada almoçamos por lá mesmo no Restaurante Agenda 21.
Com um ambiente super rústico e comida deliciosa a vontade era de ficar lá o resto do dia mas infelizmente a gente tinha que seguir para a próxima parada.
Prainha do Pequizeiro
Depois de alguns minutos de carro e ainda com saudades do almoço nós chegamos no próximo paraíso, a Praia do Pequizeiro.
Grande parte do percurso até lá foi em estrada de terra, o que é bem normal no Tocantins, mas chegando lá você até esquece o sacolejo no carro.
O estacionamento é cheio de aéreas cobertas o que é bom já que o sol sempre castiga, e do carro até o rio é uma caminhada de 2 minutos.
Chegando na Prainha que é uma praia de rio a estrutura surpreendeu, com várias mesas, cobertas com telhados de palha, outras que foram estrategicamente colocadas sub a sombra das árvores, todas na beira do rio.
No estacionamento ainda tem uma pequena lanchonete onde você consegue comprar água, cerveja e alguns petiscos, se você estiver viajado por conta própria, é possível chegar de manhã cedo e passar o dia inteiro lá.
O rio é lindo como já é de se imaginar estando nas Serras Gerais, mas além de lindo ele é, apesar de pequeno, para todos os gostos, tem partes mais rasas, outras mais fundas, tem até uma pequena cachoeira.
Pernoite em Aurora do Tocantins
Depois de curtir o pós almoço na Prainha do Pequizeiro para minha felicidade nós voltamos para a comunidade do Rio Azuis.
Sim, lá também tem uma pousada super gostosinha com tudo o que você precisa para uma noite de descanso.
Nós aproveitamos para jantar no mesmo restaurante do almoço e provar mais delícias do cardápio, e como a noite a gente merece, com uma cerveja pra acompanhar!
4º Dia – Rio da Conceição
O nosso penúltimo dia mais uma vez começou na estrada, na verdade primeiro tomamos café no mesmo restaurante delicioso do dia anterior.
Depois do café seguimos viagem em direção a Rio da Conceição que fica a 172 km de distância e seria a nossa última parada antes do retorna para Palmas.
Uma grande vantagem de Rio da Conceição é que todos os atrativos dos dois últimos dias ficavam bem perto da cidade, então antes de começar o nosso dia nós passamos na pousada pra deixar as coisas.
Lagoa da Serra
Nossa primeira parada do dia depois de deixar as coisas em Rio da Conceição foi na lindíssima Lagoa da Serra que tem esse nome porque da lagoa você consegue ter uma ideia a imensidão que é a cadeia de montanhas que da o nome das Serras Gerais.
A Lagoa assim como a maioria dos atrativos dessa viagem tem uma ótima estrutura para os visitantes, eles oferecem banheiro, bar e até aluguel Stand Up Paddle pra quem quiser se aventurar.
Pra mim, depois das milhões de fotos que tirei pra todas as meninas no nosso grupo, eu só queria curtir em silêncio a imensidão daquele paraíso isolado do resto do mundo.
Sem exagero, a impressão que você tem quando olha de uma margem da lagoa, que parece ser muito grande, em direção às serras no horizonte, é que a lagoa é na verdade uma piscina.
Depois de uma manhã incrível na Lagoa da Serra nós voltamos para almoçar na pousada, que dessa vez tinha pensão completa com café incluído e almoço e jantar pagos a parte.
Farinhada do Preto
Depois do almoço seguimos para a próxima atividade do dia, a Farinhada do Preto, que foi uma experiência surpreendente.
Lá nós conhecemos o Emerson e a Ednélia, o proprietários da casa de farinha, na propriedade deles nós aprendemos todo o processo desde a colheita até a torra da farinha de mandioca e todos os derivados de tubérculo.
O final do tour a gente ainda tem a possibilidade de comer uma tapioca feita com a farinha que nós mesmos extraímos.
Além de poder comprar e trazer de volta pera casa uma farinha que nós mesmos ajudamos a fazer.
Por do sol no mirante do cerrado
Pra terminar o dia com chave de ouro nada melhor que um por do sol com estilo.
A @seriemaecoturismo que é a empresa que preparou todo o nosso roteiro é de Rio da Conceição, por isso eles incluem no roteiro o por do sol no Mirante do Cerrado, com direito a um piquenique que eles oferecem.
Com uma vista de tirar o fôlego, o Mirante é uma estrutura de madeira simples, com um balanço para fotos do lado e a vista do alto, para um nascer ou por do sol incrível.
Pernoite em Rio da Conceição
Para a nossa última noite desse roteiro nós ficamos pela pousada mesmo que já oferecia jantar, comemos por lá mesmo e fomos descansar já que no dia seguinte a gente teria que acordar cedo para um último passeio.
5º Dia – Volta para Palmas
O nosso último dia na Serras Gerais começou cedo já que antes de fazer as malas e voltar para palmas a gente ainda tinha mais uma aventura, dessa vez só para os fortes.
Antes de sair tomamos nosso café na pousada, e pegamos a estrada num percurso de uns 20 minutos até o início da trilha.
17 Travessias
Como o próprio nome sugere essa atividade é uma “trilha” onde fazermos 17 travessias, mas porque as aspas se é uma trilha?
Bem, é que não é muito bem uma trilha, a experiência como um todo inclui uma peque trilha de 10 minutos, mas só até o início da verdadeira atividade.
Que consiste em um percurso subindo um rio por dentro d’água e passando por 17 quedas d’água! Sim, isso mesmo é uma ‘trilha” molhada!
No início eu disse que a atividade é apenas para os fortes, e é verdade, no nosso caso algumas pessoas nem tentar fazer por vários motivos.
Uns não sabiam nadar, outros não gostaram muito da idéia de subir um ria andando e nadando superando 17 quedas d’água.
Bem na verdade são 17 travessias no ida e 17 na volta, já que o caminho é o mesmo! Rs
Eu que sou gordinho achei que iria sofrer mais pra conseguir fazer todo o percurso, mas na verdade a parte mais difícil pra mim foi a trilha andada antes de chegar ao rio, porque tinha uma subida bem íngreme.
Mas de resto e curti muito a experiência e fiquei muito feliz em saber que era muito mais capaz do que eu mesmo imaginava.
Todo o passeio desde a saída da pousada até o retorno durou em torno de 3 horas. Então chegamos de volta a pousada para um último banho.
Volta pra Palmas
Depois de tomar banho e fechar as malas, nó começamos a organizar novamente todas as malas e mochilas nos carros pra poder voltar.
Mas não antes de almoçar já que a próxima parada depois de Rio da Conceição seria Palmas, que fica a 364 Km de distância, ou seja 5 horas de viagem.
Lembra que lá no início do artigo eu disse que era importante reservar um dia a mais na chegada e pra ir embora de palmas, é por isso, o horário previsto pra chegar de volta em palmas é por volta das 18:30, isso se nada der errado.
Mas como grande parte do trajeto é feito em estrada de chão, tudo é possível, pneu furar, algo no carro pode quebrar, enfim, é melhor não arriscar de perder o voo.
Seguro Viagem nas Serras Gerais
É preciso contratar seguro viagem para viagem nacional? Sim, seguro viagem é indispensável para qualquer viagem, seja dentro do Brasil ou fora.
Se você é daquelas pessoas que precisa ver pra crer, então você esta no lugar certo, eu vou te provar porque o seguro viagem é tão importante para viagens nacionais.
Porque contratar um seguro viagem nacional?
Muita gente não sabe mas se você for viajar para além de 100km da sua casa já pode contratar o seguro viagem.
Mas porque contratar seguro viagem se eu já tenho plano de saúde nacional?
Simples, porque o seguro não cobre apenas em caso de você se machucar ou ficar doente, ele pode cobrir também em caso de mala extraviada, assistência jurídica, vai que você bate o carro alugado ou alguém bate em você!
O seguro viagem para o Brasil custa em média R$30,00 por semana podendo variar de acordo com as coberturas que você precisa.
Ola, obrigada pelo conteudo!
Com qual empresa vocês fizeram esse roteiro?
Olá, que bom que você gostou, nós fizemos com a seriema Ecoturismo.